Salada

Às vezes olho pro prato do meu filho e sinto falta de uma salada. Sempre lembro da salada ser o terror e pânico das crianças e, de vários adultos. Não sou do tipo que se alimenta só de folhas, mas uma salada refrescante num dia de calor, cai muito bem.
Ele ainda não tem dentes de verdade, então folhas nem pensar, aí lembrei do tomate cereja, juntei com umas folhinhas de manjericão da horta e um pouquinho de azeite e sal. Foi um sucesso.

Comemos tomate cereja com 11 meses.

Seriguela!

Ele curtiu ficar roendo. Mas cuidado! Segure firme a semente porque pode ser meio perigosa, principalmente se seu filho for afobado e esfomeado como o meu.

Tem ferro e vitamina C. Tudo de bom! Comeu com 9 meses.

Cardápio da semana

Tem que variar, né? Menu da semana:

Purezinho de chuchu com batata inglesa e cenoura, lagarto desfiado, arroz integral cateto, lentilha e repolho com maçã (esse eu prometo a receita em breve).

Sem purezinho! Arroz branco com cenoura, feijão vermelho, filé ao forno passado no processador e abobrinha refogada no azeite com cebola e tomatinho cereja com orégano.

Purezinho de inhame com cenoura e espinafre, arroz integral longo, lentilha e filé de merluza passado rapidinho na frigideira com cebola, tomate e coentro.

Filé da família

Carnaval foi uma comelança só. A gente não sai pra dançar, mas a gente fica em casa pra comer, ou vai lá em casa pra comer.

Esse feriado fiz um filé ao forno que é super fácil de fazer e fica uma delícia.

Seguem os passos:

• Rale uma cebola grande, no ralador grosso.
• Tempere uma peça inteira bem limpa de filé mignon com a cebola ralada, sal, pimenta do reino branca moída e vinho tinto.
• Deixe marinando por 1 hora.
• Num refratário grande passe um pouquinho de manteiga no fundo e deite o filé por cima.
• Sobre o filé coloque mais um pouquinho de manteiga, aproximadamente uma colher de chá. 
• Por cima de tudo coloque uns ramos de alecrim.
• Leve ao forno pré-aquecido e bem quente por volta de uns 35-40 minutos.

Dicas: Eu prefiro a carne mais mal passada, bem vermelhinha por dentro, mas se você preferir mais bem passada e achar que ela está ficando seca no meio tempo, pode acrescentar mais um tiquinho de manteiga por cima.

Sempre tenho na geladeira vinhos que ocasionalmente abri e não consumi a garrafa toda. Guardo todos pra temperar carnes.

Desculpem vegetarianos, mas o ferro de origem animal é melhor aproveitado pelo organismo e as carnes vermelhas são sua principal fonte.

O que dói é ter que passar essa carne no processador pro filhote comer, mas dentro em breve ele terá dentes melhores.

Jonas tinha 9 meses quando comeu essa carne pela primeira vez, fiz essa receita no ano novo.

Maçã quentinha

Aqui vai uma dica fantástica para os dias de frio: maçã quentinha.
Sei que por aqui anda quente, mas do outro lado do mundo tá frio. E frio dá um desânimo, pelo menos pra mim, de comer frutas e salada.

• Descasque e pique uma maçã. 
• Coloque pra esquentar no microondas um tempinho. Não sei dizer ao certo quanto tempo, porque cada microondas é uma coisa. Teste o tempo aos poucos. 
• A maçã fica molinha, quentinha e é uma delícia. 
• Pode adicionar um pouquinho de canela. Mas lembrem que canela é estimulante, então sem exageros. 

É ótimo também pra sobremesa.

Jonas curtiu muito isso numa frente fria que esteve por aqui em outubro quando ele tinha 7 meses.

Almoço ou jantar

Tá sem idéia? Alguns menus da semana:

Arroz integral longo, lentilha. lagarto com pimentão passado no processador, purezinho de batata baroa e cenoura.

Arroz integral longo, feijão preto, lagarto com pimentão passado no processador, purezinho de abóbora japonesa e inhame e legumes (batata, cenoura, cebola e vagem) refogados no azeite com páprica.

Arroz integral cateto, lentilha, peito de frango com agrião passado no processador, purezinho de batata baroa com chuchu.

Irônico o prato do Unicef, né? Foi presente de um amigo que trabalha lá.

Pimentão

Eu adoro pimentão! Mas adoro o vermelho e o amarelo, o pimentão já amadurecido e docinho.
Semana passada esteve na minha casa um amigo que muito entende de cozinha. Ele assumiu a churrasqueira e fez um monte de legumes e vegetais junto com a carne. Uma das coisas que ele preparou foi um pimentão que ficou fantástico e o Jonas adorou. Ele acabou me ensinando a fazer esse pimentão direto no fogão.

Segue o processo todo:

• Espete o pimentão num garfo e bote direto sobre o fogo. 
• Vá virando deixando a casca dar uma queimadinha de todos os lados. Ela fica pipocando, é bem legal. Também descasco tomate assim.
• Coloque o pimentão ainda quente num saco plástico e feche o saco.
• Deixe o pimentão no saco por uns 15 minutos, ele vai cozinhar no próprio calor e ficar bem macio.
• Tire o pimentão do saco e descasque. A casca fica fácil de sair. É um pouco mais difícil do que parece. A dica é quanto mais queimadinho, mais fácil fica de descascar. E lembrar de virar bem, quando tiver no fogo, esquentar todos os lados.
• Abra o pimentão, tire as sementes e a parte branca. Fica tipo um filézinho de pimentão.
• Pique como desejar e tempere. Eu usei azeite e um tiquinho de sal.

A comidinha pra creche ficou assim: arroz integral cateto, purezinho de abóbora seca com chuchu, peito de frango com agrião, lentilha e os pimentões.

Sobre o pimentão:

É rico em vitamina C e vitamina A, cálcio e ferro. É mais fácil de ser digerido quando cozido.

O grande problema do pimentão é que no Brasil ele é o campeão de agrotóxico, e é muito difícil de achar ele por aí orgânico. Então lembrem de lavar, lavar e lavar e tirar a casca.

Um site bem legal com informações sobre como escolher diversas hortaliças, bem como suas propriedades e até mesmo com algumas receitas é o site da Empraba. Recomendo.

Jonas comeu essa receita pela primeira vez com 11 meses.

Por uma vida sem conservantes, sem agrotóxicos e mais orgânica

Hoje vou me dar direito a um breve post reflexivo, mas antes de mais nada, já quero me desculpar com as mães que dão papinha nestlé pro filhos. Eu entendo totalmente a praticidade do negócio e respeito a sua decisão de dar a papinha pronta pro seu filho. Cada mãe tem as suas neuroses, e uma das minhas é a comida. Me convenci de que a papinha pronta não presta e pronto. Não vou, nem posso dizer que nunca vou dar, até porque uma única vez, numa emergência, quando Jonas estava doente e passamos o dia no hospital, acabei me rendendo e tive que dar uma papinha nestlé pra ele. Pra minha infelicidade, ele adorou e comeu tudo, mesmo doente.
Vivemos um momento onde tudo é questionado. O tipo de produto que eu consumo de uma forma ou de outra, ou prejudica o planeta ou pode prejudicar a minha saúde e a do meu filho. Sei que vivemos anos comendo agrotóxicos e transgênicos, e eu, sobrevivi a isso. Minha mãe mesmo, já me deu relatos sobre a minha alimentação na infância que me deixaram com o cabelo em pé. Mas agora, cabe a mim pesquisar, entender e refletir sobre as minhas escolhas. 
Quando penso numa papinha dessas, sempre me lembro das comidas congeladas industrializadas prontas. Acho a comida congelada horrível. A lazanha, a pizza, o peito de frango a milanesa, o kibe, tudo tem o mesmo gosto. Se eu não gosto disso, e prefiro comer comida de verdade, por que vou fazer isso com meu filho? Pra mim é uma questão de respeito com ele.

Decisão tomada, não dou a meu filho aquilo que eu não como.

Assalto à fruteira!

Enquanto eu fazia o peixe do post anterior, Jonas, que já tinha almoçado, resolveu assaltar a fruteira e comeu uma ameixa inteira.

Peixe

Opa! Chegou fim de semana! Momento de cozinhar algo diferente: peixe! Não sou muito de fazer peixes, mas ontem achei uma receita super simples num livro que ganhei de presente e resolvi testar. É um filé de merluza ao forno.

Passo a passo:

• Refogar no azeite 2 dentes de alho picado.
• Acrescenta 1 cebola cortada em rodelas e tempera com cominho em pó.
• Deixa refogar até a cebola começar a amolecer.
• Adiciona extrato de tomate. Usei uma latinha pequena de extrato elefante e uma de água.
• Coloca sal e pimenta do reino.
• Deixa cozinhar um pouquinho até o molho encorpar.
• Num refratário untado com azeite colocar os filés de merluza (temperei só com sal), o molho por cima e um tomate cortado em fatias.
• Cobre tudo com um papel laminado, coloca no forno pré-aquecido médio por 15 minutos. Depois tira o laminado e deixa o molho secar um pouquinho, aproximadamente mais 15 minutinhos.
• Tira do forno e cobre com salsa fresca picada. Usei bastante salsa. E espreme meio limão por cima.

Prato de mãe

 Prato de filho: Peixe desfiadinho (cuidado com as espinhas!), purezinho de inhame com abóbora seca e salsa, cuscuz marroquino com legumes, lentilha e arroz integral cateto. Delícia! Ele merece.

Jonas comeu esse prato com 11 meses.

Calor!

Dá o miolo da melancia pra ele! Não preciso dizer mais nada...

Purezinho

Vou colocar aqui a receita do purezinho de legumes. Essa receita é a que eu faço agora, ele tem onze meses, mas vou explicar as diferenças pra que eu fazia quando ele tinha 5 meses, logo que começou a comer e 7 meses, que foi quando introduzi a carne.

Passo-a-passo:

• Azeite extra-virgem na panela.
• Alho picado. Confesso que morro de preguiça de picar alho, então compro alho picado sem sal e sem conservantes, é claro.
• Cebola picada.
• Coloca os legumes, nesse caso era batata-doce com inhame, e água. Deixa ferver.
• Amassa com o garfo.
• Pica um punhado de salsa da hortinha (100% orgânico), mistura o purezinho.
• Monta a refeição, nesse caso, peito de frango passado no processador, arroz integral longo, brócolis cozido no vapor picado pequenininho e grão de bico amassado no garfo.

Aos 5 meses: Eu não colocava, nem cebola e nem alho, apenas cozinhava os legumes, amassava no garfo e colocava uma colher de sopa de azeite extra-virgem.

Aos 7 meses: Eu refogava já o alho e a cebola e ainda passava uma carninha, cozinhava os legumes como num caldo de carne. Depois eu pescava a carne, batia no processador e amassava os legumes no garfo. Servia meio junto, meio separado. 

Sobre a Salsa:

A salsa é um tempero que uso bastante na minha comida. Além da idéia de habituar meu filhote a gostar da salsa, existem alguns outros benefícios. A salsa é antioxidante, expectorante (tchau menino catarrento!), rica em vitamina A, B1, B2, C e D. A ingestão da vitamina C, junto com o ferro (presente principalmente na carne vermelha e no feijão), ajuda na absorção do mesmo. Dica aprendida no livro da Sonia Hirsch, chamado "Mamãe eu Quero", sobre alimentação infantil. Acho ela um tanto radical, mas vale a leitura.

Confesso também que não dou o famoso suplemento de ferro pro meu filho. Não por ser contra, apesar de certa polêmica em torno desses suplementos, mas porque ele odeia. Já tentei de todo jeito e ele ficava forçando o vômito.

Sopa de Legumes

No final de semana eu mesma acabo fazendo a comida em casa e sempre tento fazer algo diferente que o Jonas possa comer também. Semana passada fiz uma sopinha de legumes para uma amiga grávida que andava meio tristinha, sobrou um pouquinho e como o tempero tava leve, acabei dando o restinho pra ele, ele adorou. Assim, resolvi repetir a receita no final de semana.

Piquei 1 cebola pequena e 3 dentes de alho e refoguei no azeite. Depois acrescentei vagem, cenoura, abóbora japonesa, chuchu e batata. Tudo picado bem pequeno pra cozinhar mais rápido. Refoga um pouquinho e cobre com água pra cozinhar. Acrescenta sal e pimenta do reino a gosto. Tampa a panela e deixa cozinhar um pouco.

Quando os legumes estão já mais molinhos eu pesco uma parte, mais ou menos 1/3, com uma concha e bato no liquidificador. Depois jogo de volta a parte batida. Assim a sopa dá uma encorpada. Feito isso, vem o toque final. Acrescentei coentro, cebolinha, sálvia e meia pimenta dedo-de-moça (todos produzidos na minha hortinha!) pra temperar e um pouco de macarrão do tipo padre nosso. Tampa a panela de novo e deixa cozinhar mais um tiquinho, até o macarrão ficar no ponto.

Dicas importantes:

• o ponto de bater os legumes deve ser com eles cozidos, mas não muito mole, pois eles ainda vão cozinhar um tempo, senão a sopa acaba virando uma papa.
• Se for acrescentar a pimenta, tire as sementes antes, são elas que deixam a pimenta mais forte e ainda são ruins de digerir. E não esqueça de lavar as mãos depois, esse dia eu dei mole e passei pimenta no olho, sofri bastante.
• Pode substituir a sálvia por louro.
• Lembre que a massa que você colocar pode conter ovos. Muitos pediatras não recomendam ovos antes  dos dois anos, pois pode causar alergias. Massas do tipo "Grano Duro" não contém ovos.
• Evite o excesso de sal e temperos prontos do tipo caldo de galinha ou afins, eles contém muito sódio, podem prejudicar os rins e desidratar os filhotes.

Jonas comeu essa receita pela primeira vez com 10 meses.

O Básico

Quando Jonas começou a comer, por volta dos 5 meses, o pediatra dele me deu uma dica que foi fundamental pra adaptação com a comida. Ele sugeriu que eu tentasse dar a papinha com pedaços desde o princípio, se ele comesse, ótimo, se não, depois teríamos que passar por uma segunda transição, da papinha para a comida sólida. Dessa forma, a comida do Jonas nunca foi batida, as primeiras papinhas eram basicamente combinação de 2 ou 3 legumes, sempre amassadas no garfo com direito a um pedacinho aqui e outro acolá.
No começo eu dava os legumes cozidos puros com uma colher de azeite extra virgem. Depois fui adicionando uma colher de arroz, uma de feijão e depois as carnes e vegetais. A carne é a única parte, que até hoje passo no processador.
Hoje a comida do Jonas é sempre a combinação de um purezinho de legumes, com arroz integral, carne, leguminosa e vegetal. Nunca misturo tudo, preparo e dou separado, pois acredito que assim ele consegue reconhecer o que ele come e aos poucos ir desenvolvendo o próprio paladar.
Diariamente faço os legumes, hoje em dia, a carne, o arroz e a leguminosa são os mesmo que eu e meu marido almoçamos. E assim, aos poucos, ele vai se adaptando à comida de casa.

Abaixo seguem exemplos da marmita que preparo diariamente pra ele almoçar na creche.

Purê de batata baroa com cenoura, arroz integral cateto, feijão preto, peito de frango batido com espinafre.

Purê de chuchu, batata inglesa e cenoura, arroz integral cateto, grão de bico amassado, peito de frango batido com espinafre.

Purê de batata baroa com cenoura e salsa fresca, arroz integral longo, grão de bico, carne moída.

Introdução

Sendo este o post inicial, acho que ele merece uma breve introdução.
Sou mãe de um menino de 10 meses e 26 dias. Meu filho é um menino lindo, forte e saudável. Claro, que de tempos em tempos ele adoece, afinal de contas é um bebê ainda.
Quando Jonas começou a comer, muitas preocupações em relação a alimentação dele passavam pela minha cabeça. Será que ele vai gostar de comida? Será que ele ainda vai querer mamar? Como proporcionar uma alimentação equilibrada? Será que ele come tudo que precisa? Pode botar isso ou aquilo na comida? Como faz pra não ter frescura com comida quando tiver mais velho? Essa educação alimentar começa agora?  A única certeza que eu tinha era que eu não queria dar papinhas industrializadas prontas.
Aos poucos, essas preocupações foram ficando cada vez mais distantes. Lia uma coisa aqui, ouvia um conselho ali, perguntava algumas coisas pro pediatra, testava coisas novas e Jonas ia comendo. Come tanto que eu acho, às vezes, que ele vai explodir.
A comida que faço pro meu filho e a alegria com que ele come, começou a despertar interesse onde quer que ele faça suas refeições. O que ele tá comendo? Me perguntam sempre.
Conversando com outras mães descobri que eu tenho uma certa sorte dele topar tudo, e comer bem. Muita gente tem problemas com seus filhos e seu apetite. Claro que isso também muda de tempos em tempos, torço muito pra que Jonas coma bem e com essa alegria toda sempre.
Enfim, esse ânimo faminto do Jonas me trouxe um certo prazer em preparar DIARIAMENTE a comida dele, e pesquisar sempre coisas novas e diferentes pras suas refeições. Sei que muitas mães ficam também sem criatividade, ou até mesmo sem saco de fazer isso todo dia, espero então poder ajudá-las com idéias, dicas, reflexões e receitas neste blog.